quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Esses fizeram sucesso nos anos 80!


 Esportes (quase) sedentários: Futebol, basquete e outros esportes eram praticados sem a gente precisar sequer levantar da cadeira. Isso era necessário apenas para caminhar até a torneira mais próxima e encher de água o Aquaplay. Era quase como um fliperama de mão, uma versão meio artesanal — e muito divertida — dos vídeo games.
 
 
 
Para bancar a maquiadora: Quando a Barbie aterrissou no Brasil, em 1982, pôs fim ao reinado absoluto de outra boneca, a Susi, sucesso desde os anos 70. Depois disso, a loira norte-americana conquistou as garotas com outros brinquedos que levavam sua cara, literalmente. Era o caso da Barbie Hair, que foi lançada com o slogan “cada penteado é uma nova brincadeira”.
 
 
 Enjoo que terminava em $$$: Se a gente para pra pensar, chega à conclusão que o Boca Rica pertence à categoria dos brinquedos “sem lógica, mas legais”. Afinal de contas, consistia em enfiar moedas coloridas num cofre vermelho. Em dado momento, um mecanismo acionado aleatoriamente fazia a portinha se abrir, e o mais sortudo embolsava a “fortuna”. Destaque gracinha para um detalhe de que muita gente não se lembra: a cada fichinha que descia, os olhos do cofre giravam como se ele estivesse enjoado. Quer dizer: é praticamente como se o bichinho vomitasse, né?
 
 
 Relação de amor e ódio: Às vezes dava vontade de arremessar longe o Cubo Mágico (e muita gente fez isso, aliás). Criado em 1974 pelo húngaro Ernõ Rubik, o quebra-cabeça colorido despontou aqui no Brasil na década seguinte, para alegria (e irritação) da criançada. O misto de sentimentos tão contraditórios deve-se ao desafio do brinquedo: organizar as laterais do poliedro de seis lados de modo que cada face reunisse apenas quadradinhos da mesma cor. O problema é que, quando se conseguia arrumar uma delas, alguma outra — grrrrrr! — ficava bagunçada. Era tão complicado que dezenas de livros com instruções chegaram às prateleiras na época.
 
 
 Um trem para chamar de seu: Muito marmanjo ainda guarda seu kit com uma ferrovia, uma locomotiva e vários vagões. A paixão pelo Ferrorama — um dos mais caros da época — é tamanha que, em 2010 a Estrela prometeu que lançaria uma nova versão com uma condição: os fãs teriam que fazer a locomotiva percorrer os 20 quilômetros finais do Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, usando 110 metros de trilhos — enquanto o trenzinho corria, era preciso retirar trechos do início do trajeto e encaixar no final para evitar que a máquina descarrilhasse. O desafio foi cumprido
 
 
 Coisa de outro mundo: Com formato de OVNI, o Genius era um jogo de memória: era preciso repetir uma sequência formada pelas luzes e sons emitidos previamente pelo brinquedo. Se você der a versão atualizada desse clássico para uma criança de hoje, ela talvez não ache muita graça — afinal, vivemos a era dos vídeo games ultramodernos. Já para a molecada dos anos oitenta… Ah, parecia coisa de outro mundo aquele disco colorido e barulhento
 
 
 
 Jingle sobre rodas: De roupinha esporte, ela era uma graça e ensinava a gente a patinar. Muito precavida, usava cotoveleira, capacete e joelheira. Tratava-se da Lu Patinadora — o nome já diz qual era seu principal atributo, certo? — a boneca que virou objeto de desejo de muitas meninas (e, vá lá, alguns meninos também). A bem da verdade, era um tanto sem graça. Nem de perto pode ser comparada em popularidade a uma Barbie, por exemplo, mas ficou eternizada na cabeça de quem foi criança na época sobretudo por causa do jingle matador que tocava em seu comercial: “Lá, lé, li, ló, Lu Patinadora…”. Pronto, agora essa musiquinha vai ficar grudada na sua cabeça.
 
Resistente dos sete mares: A rigor, o Pula-Pirata chegou ao mercado antes dos anos oitenta — foi lançado pela Estrela em 1978. Mas, nos Natais de boa parte da década seguinte foi um dos presentes que mais faziam sucesso. Em parte porque o embrulho ficava gigante devido ao volume do barril. Encontrado até hoje nas lojas, o jogo de espetar a espada e torcer para o boneco não pular ganhou versões tecnológicas e virtuais. É possível, inclusive, comprar o Pula-Pirata USB 2.0 — que funciona como um USB hub — e o Pop-up Pirate para Wii.
 
 
Febre militar: A primeira leva, com seis personagens, chegou às lojas do Brasil em 1984. Mas os Comandos em Ação viraram febre mesmo dois anos depois, quando a Rede Globo começou a exibir um desenho animado com os soldados, policiais, bombeiros e paramédicos do G.I. Joe (nome do original americano). Teve até um menino que foi ao “Porta da Esperança”, de Silvio Santos, pedir a coleção completa. E ganhou, para inveja de muita gente que assistiu ao programa.
 
 

Você sabia?



A falência da TV Tupi no início dos anos 80 fez com que a novela Drácula, que estava sendo exibida na época, ficasse inacabada. Episódio semelhante só ocorreria com a extinção da TV Manchete, que deixou Brida pela metade.

 

A Rede Manchete de Televisão nasceu em 5 de junho de 1983. Foi fundada pelo empresário Adolpho Boch, proprietário da Bloch Editores e da revista Manchete.

 

As novelas de maior sucesso da Rede Manchete foram Tocaia Grande, Dona Beija, Kananga do Japão, Xica da Silva, Mandacaru e Pantanal. Exibida entre março e dezembro de 1990, Pantanal chegou a bater a poderosa Rede Globo em audiência.

Uma curiosidade sobre a novela Pantanal: ela foi escrita por um dos principais autores da Rede Globo, o novelista Benedito Ruy Barbosa. A direção coube a Jaime Monjardin, também da Globo.

 

A Rede Manchete foi a responsável por lançar a modelo Maria da Graça Meneghel, mais conhecida como Xuxa, como apresentadora de televisão. A estréia aconteceu em 1986 no programa Clube da Criança.

 

Antes de comandar o programa Domingão do Faustão, Fausto Silva apresentou um programa de grande sucesso nos anos 80 chamado Perdidos na Noite. O programa passou por três emissoras (Gazeta, Record e Bandeirantes) e chegou a ser dirigido pelo “Vem Comigo” Goulart de Andrade.

 

Gugu Liberato apresentou um programa no SBT chamado Viva a Noite. Antes da entrada dos comerciais, Gugu gritava para a platéia: “Viva a Noite!”. E todos respondiam: “Viva! Viva! Viva!”. Bem antes do Viva a Noite, Gugu trabalhou como produtor dos quadros Cidade Contra Cidade e Domingo no Parque, ambos do Programa Silvio Santos.

 

Exibido até os dias de hoje, o Vídeo Show estreou em março de 1983. No início, era exibido apenas aos domingos.

 

O Xou da Xuxa foi ao ar pela primeira vez em 30 de junho de 1986. Durante o tempo em que esteve no ar como o programa, Xuxa gravou 7 discos, com 14 milhões de cópias vendidas.

 

Os programas infantis de maior sucesso da década foram: Clube da Criança (TV Manchete), Balão Mágico (Globo) e Bozo (SBT).

 

Por falar em Bozo, você sabia que o seriado Chaves estreou como quadro do programa em 1984? O Bozo passou, mas o Chavez ficou.

 

Esqueça Carrossel e Chiquititas. A primeira novela infantil importada a fazer sucesso entre as crianças foi a mexicana Chispita, exibida em 1984.