segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Papai quero um Atari!





Atari 2600 foi um video game projetado por Jay Miner e lançado em 1977 nos Estados Unidos e em 1983 no Brasil. Considerado um símbolo cultural dos anos 80, foi um fenômeno de vendas no Brasil entre os anos de 1984 a 1986 e seus jogos permanecem na memória de muitos que viveram a juventude nesta época.

Apesar de não estar descontinuado formalmente, o 2600 não foi desenfatizado por dois anos depois da venda da Atari em 1984 pela Warner para Jack Tramiel (fundador da Commodore), que queria se concentrar em computadores pessoais.

Ele congelou todo o desenvolvimento de jogos de console, incluindo o jogo Garfield para o Atari 2600 e o port Super Pac-Man para o Atari 5200. Em 1986, uma nova versão do 2600 foi lançada. A nova versão redesenhada do 2600, chamada não oficialmente de 2600 Jr., apresentava uma forma reduzida e mais barata, com uma cara mais moderna muito parecida com o Atari 7800.

O console também foi muito popular no Brasil. Até 1983, quando foi oficialmente lançado no Brasil, pela Polyvox em parceria com a Atari, a plataforma tinha de ser importada, mas o sistema de TV NTSC era incompatível com o sistema de TV brasileiro PAL-M e assim, precisavam de uma conversão, que muitas vezes alterava as cores originais dos jogos, de modo que os Atari 2600 comercializados no Brasil, tiveram várias revisões. As primeiras sofríam de um superaquecimento do regulador de tensão da placa principal, fazendo o videogame travar, gerando a lenda de que o cartucho tinha de ficar frio e assim, muitos deles tiveram seus rótulos furados, para a tristeza dos colecionadores. Muitos clones da plataforma foram fabricados no Brasil por marcas como Dactar, Dismac, Microdigital, CCE e Dynacom, que além da plataforma, também fazíam acessórios e comercializavam os jogos, muitas vezes adulterando-os para que aparecessem sua marca ao invés da marca original, ou que a suprimisse, criando uma indústria paralela de cartuchos piratas, hoje bastante procurados por colecionadores estrangeiros.

Através de sua vida, foi estimada a produção de 40 milhões de unidades e sua lista de jogos é de mais de 900 títulos comerciais até 1991, sem contar muitos "homebrew games", desenvolvidos por programadores independentes.

O Atari 2600 foi oficialmente aposentado no dia 1º de janeiro de 1992, tornando-se o video game de maior vida na história de jogos dos EUA. Ele teve uma vida útil de 14 anos e 2 meses - aproximadamente três vezes mais que a vida 'normal' de um console.

 
 
 

Viva o Gordo!



Um programa que arrancou muitas risadas nos anos 80 foi o Viva o Gordo, comandado por Jô Soares e com um elenco de vários humoristas, atores e personalidades, esse programa teve sua estréia em 1981 e foi até 1987.

Os personagens muitas vezes tinham aquelas piadas e indiretas com a política e os acontecimentos no Brasil, se esquecer das aberturas do programa que eram muito engraçadas, criadas pelo designer Hans Donner. Viva o Gordo chegou a intercalar tanto em seu programa e no programa do Chico Anysio o quadro do Coronel Pantoja (Jô Soares) com o Coronel Bezerra (Chico Anysio).
Com certeza o programa Viva o Gordo teve uma grande participação na história da televisão brasileira e muitos humoristas se inspiraram, além de descobrir novos talentos que foi o caso da Claudia Raia.
Existiu uma fase tensa...bem tensa....com Jô Soares por volta de 1988 ao sair da Globo e ir para o SBT, assuntos polêmicos e até vídeos se encontram hoje na Internet sobre uma suposta “lista negra” que a Globo vez para não dar mais chance aos artistas que faziam parte do Viva o Gordo e até em Comerciais.

A verdade é que o programa com seu humor atingiu todo o Brasil e Portugal com personagens inesquecíveis que marcaram uma época e até hoje é possível assistir pelo canal Viva e muitos vídeos na Internet.
Jô Soares fez centenas de personagns que realmente dariam páginas para falarmos de todas, mas citarei alguns:


Sebastião (codinome Pierre) – Era o último “exilado” que se preparava para voltar ao Brasil e falava no telefone com sua amada “Madalena”.



O Bandeirinha e o Juiz Ladrão – Feito por Jô e Milton Carneiro



O piloto – Era um assistente de televisão bem atrapalhado que a frase marcou muito na época, a famosa: “Falha nossa!”


O Reizinho – Jô ficava de joelhos para interpretar esse papel. "Deste solo que eu piso, desse povo que eu amo, que que eu sou? Que eu sou? Que que eu sou?" E lá vinha a resposta em coro: "Sois rei! Sois rei! Sois rei!"



Capitão Gay – Criado por Max Nunes e era feito pelo Jô e o talento de Eliezer Motta (Carlos Suelly).


 
 
Kid Frutuoso - Líder da banda Sangra Sangra Hemorragia, se esforçava para odiar a sociedade de consumo. "Eu cuspo na sociedade! Cuspo!", dizia Kid, que no fundo era super consumista.
 


Dom Casqueta – Era o papel de um mafioso que sacaneava o Brasil por ser uma país tão desorganizado que não era possível criar uma máfia.
 



Araponga - Recepcionista que não entendia o nome das pessoas e que logo fez sucesso com o bordão “Quain?”
 
 
Jornal do Gordo – “Para pessoas mais ou menos surdas” Está aí um dos quadros que eu achava mais engraçado. Um outro fera do humor na TV (Paulo Silvino) também fazia este quadro. Na “hora” do Cuco tinha a participação de Carlos Moreno, o rapaz da propaganda do Bombril.
 
 
 

Dentista – Era um dentista tarado que se apaixonava pela boca de suas pacientes e que falava: “Bocão....”



Frei Serapião – Outro quadro muito engraçado com Paulo Silvino e a famosa “Tentação” e “Ah, como era grande!”.




Viva o Gordo foi um programa extraordinário e foi assistido por quase todas as idades nos anos 80, personagens e frases que ficaram até hoje de uma época que realmente valia a pena ficar acordado para ver o Jô e seu elenco.




Os Paralamas do sucesso!



Os Paralamas do Sucesso  é uma banda de ska e rock, formada no Rio de Janeiro no final dos anos 70. Seus integrantes desde 1982 são Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone . No início a banda misturava rock com reggae, posteriormente passaram a agregar instrumentos de sopro e ritmos latinos.

O começo

Apesar dos Paralamas serem considerados parte da "Turma de Brasília", por terem vivido e criado amizade com as bandas locais, é uma banda formada no Rio. Herbert e Bi se conheceram crianças em Brasília, por serem vizinhos (o pai de Herbert era militar, e o de Bi, diplomata). Em 1977, Herbert foi para o Rio fazer o colégio militar, e reencontrou Bi, que foi fazer o 3º ano. Os dois resolveram formar uma banda, Herbert com sua guitarra Gibson e Bi um baixo comprado em uma viagem à Inglaterra. Aos dois depois se juntaria o baterista Vital. O grupo se separou em 1979 para fazerem o vestibular, e em 1981 se reuniram. O grupo ensaiava em um sítio em Mendes, interior fluminense, e na casa da avó de Bi, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Esses ensaios lhe renderam a música "Vovó Ondina é Gente Fina". O repertório não era sério (com canções como "Pinguins já não os vejo pois não está na estação", "Mandingas de Amor" e "Reis do 49"), e tentaram criar um nome no mesmo estilo, a primeira sugestão sendo "As Cadeirinhas da Vovó". O nome "Paralamas do Sucesso" foi invenção de Bi, e adotado porque todos acharam engraçado. Inicialmente, o grupo tinha dois cantores (Herbert só tocava), Ronel e Naldo, que saíram em 1982. Em 1982, Vital faltou a uma apresentação na Universidade Rural do Rio e foi substituído por João Barone, que assumiu de vez o lugar na banda algum tempo depois. Escreveram, tendo como "protagonista" seu ex-baterista, "Vital e sua Moto", e mandaram uma fita com essa e mais 3 músicas para Rádio Fluminense. "Vital" foi muito tocada durante o verão de 83, e os Paralamas tiveram a primeira grande apresentação, ao abrir para Lulu Santos no Circo Voador. Também assinariam contrato com a EMI, gravando o álbum Cinema Mudo (definido por Herbert como "manipulado pelo pessoal da gravadora"), e um sucesso moderado.


Subida para fama

Em 1984, lançaram o álbum O Passo do Lui, que teve enorme sequência de sucessos ("Óculos", "Me Liga", "Meu Erro", "Romance Ideal", "Ska") e aclamação crítica, levando o grupo a tocar no Rock in Rio, no qual o show dos Paralamas foi considerado um dos melhores. Depois de grande turnê, lançaram em 1986, Selvagem?, o mais politizado. O álbum contrapunha a "manipulação" desde sua capa (com o irmão de Bi no meio do mato apenas com uma camiseta em torno da cintura), e misturava novas influências, principalmente da MPB. Com sucessos como "Alagados", "A Novidade" (a primeira com participação de Gilberto Gil, e a segunda co-escrita com ele), "Melô do Marinheiro" e "Você" (de Tim Maia), Selvagem? vendeu 700.000 cópias e credenciou os Paralamas a tocar no cultuado Festival de Montreux, em 1987.
O show no festival da cidade suíça viraria o primeiro disco ao vivo da banda, D. Nele, a novidade, em meio ao show com os sucessos já conhecidos, era a inclusão de um "4º paralama", o tecladista João Fera, que excursiona com a banda até hoje, como músico de apoio. Os Paralamas também fizeram turnê pela América do Sul, ganhando popularidade em Argentina, Uruguai, Chile e Venezuela. O sucessor de Selvagem?, Bora-Bora (1988) acrescentou metais ao som da banda. O álbum mesclava faixas de cunho político-social como "O Beco" com as introspectivas "Quase Um Segundo" e "Uns Dias" (reflexo talvez do fim do relacionamento com a vocalista da banda Kid Abelha, Paula Toller). Bora-Bora é tão aclamado pela crítica quanto O Passo do Lui. Big Bang (1989) seguia o mesmo estilo, tendo como hits a alegre "Perplexo" e a lírica "Lanterna dos Afogados". Seguiu-se a coletânea Arquivo, com uma regravação de "Vital" e a inédita "Caleidoscópio" (antes gravada por Dulce Quental, do grupo Sempre Livre).


Alguns sucessos